As aulas de matemática do 6º ano do Colégio Batista Mineiro BH – Castelo/Séries Finais foram além dos livros. Com trenas nas mãos e muita criatividade, os estudantes aprenderam sobre plantas baixas e escalas para projetarem dois espaços muito especiais: a casa onde vivem e a casa dos sonhos.
A proposta, conduzida pelo professor de matemática Paulo César Gomes, transformou o aprendizado em uma experiência concreta e significativa. A turma foi orientada a medir os ambientes reais de suas residências com fitas métricas ou trenas, tarefa que contou com o apoio das famílias em casa. “Antes de partirem para as medições, trabalhamos exemplos no livro didático e com uma planta ampliada em papel A2. Mostrei como identificar a escala e interpretar corretamente os espaços representados”, explicou o professor.
A ideia surgiu durante o planejamento das aulas, quando Paulo percebeu que o conteúdo do livro incluía um tópico específico sobre construção e interpretação de plantas. “Vi ali uma excelente oportunidade de transformar teoria em prática. Esse conteúdo tem muito potencial quando trabalhado com atividades concretas e diversificadas”, destacou.
Além das plantas, os estudantes também exploraram o plano cartesiano, reforçando conceitos essenciais da geometria. “Foi uma forma de desenvolver o pensamento geométrico por meio da representação gráfica e da interpretação de espaços, que são habilidades fundamentais”, ressaltou o professor.
Para o estudante Gabriel Castro, do 6º ano, a atividade trouxe uma nova visão sobre o componente curricular de matemática. “Gostei muito de fazer a planta da minha casa e também de criar a casa dos meus sonhos. Foi legal escolher o tamanho dos cômodos e pensar nos detalhes, como se eu fosse um arquiteto!”, contou.
A estudante Gabriela Silveira também se encantou com a proposta, especialmente com a conexão entre o conteúdo e o jogo The Sims. “Adoro o jogo, e achei muito legal usar o que aprendemos para montar uma casa organizada, com espaços bem planejados. Fui medindo tudo e tentando deixar o desenho o mais parecido possível com a minha casa real.
Para a coordenadora da unidade, Fernanda Moraes, a atividade foi um exemplo de como a matemática pode ser viva, útil e conectada à rotina dos estudantes. “Mais do que desenvolver raciocínio lógico e pensamento geométrico, essa proposta trabalhou competências como organização, autonomia, planejamento, trabalho em equipe e comunicação. O envolvimento da família também foi muito positivo, pois fortalece os laços entre escola e casa”, avaliou.
Atividades como essa ajudam a romper a barreira que muitos têm com a matemática. Quando os estudantes percebem que o conteúdo faz sentido e pode ser aplicado no dia a dia, seja medindo a casa, organizando cômodos ou até jogando The Sims, o aprendizado se torna mais leve, interessante e duradouro. Eles deixam de apenas memorizar fórmulas para vivenciar a matemática em sua forma mais real: como ferramenta para entender e transformar o mundo ao redor.