Os estudantes do 9º ano ao Ensino Médio do Colégio Batista Mineiro Lagoa Santa marcaram presença na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica – Modalidade Lançamento de Foguetes (Obafog). Eles vivenciaram uma experiência inesquecível no Mega Space, em Santa Luzia/MG, onde realizaram os lançamentos dos foguetes construídos em sala de aula.
A Obafog é uma competição que desafia os estudantes a desenvolverem seus próprios foguetes. Na maioria dos níveis, esses foguetes são confeccionados com garrafas PET, mas há também categorias que utilizam papel ou canudos. A propulsão pode ser feita por ar comprimido ou por meio de uma reação química simples, utilizando bicarbonato de sódio e vinagre.
Segundo o professor de Física e Matemática do Colégio Batista Mineiro Lagoa Santa, Gladson Torres, “o diferencial dessa olimpíada é a inclusão de todos os estudantes do Ensino Básico, desde o Ensino Fundamental Anos Iniciais até o Ensino Médio, podendo participar tanto da OBA quanto da Obafog”.
Essa atividade multidisciplinar contou também com a presença da professora Amanda Martins, de Química, e do monitor Douglas Anselmo, que estiveram ao lado dos estudantes, incentivando o aprendizado prático, o espírito investigativo e o interesse pela ciência.
Para o estudante Bernardo Melo, da 1ª série do Ensino Médio, a participação foi divertida e inovadora. “Nunca havia feito algo semelhante. Os professores nos ensinaram o conteúdo e como usá-lo de forma prática a partir do desenvolvimento do foguete”, contou.
Ele ainda acrescenta: “A Obafog pode incentivar os estudantes a decidirem sua carreira, além de proporcionar uma vivência prática, indo além da teoria. Desenvolvemos habilidades que podem ser úteis no futuro”, finalizou.
Heitor Fraga, também da 1ª série do Ensino Médio, descreveu a experiência como gratificante. “Desenvolver o foguete e ter essa oportunidade foi muito importante, acredito que para toda a turma. Trabalhamos por duas semanas na confecção, sempre avaliando o que poderia ser melhorado. A cada dia, íamos aprimorando e esperando ansiosamente pelo lançamento. Nosso aprendizado foi grandioso. E o ‘Papito’ (Gladson Torres) nos apoiou em todo o processo, ensinando sempre que havia oportunidade”, relatou.
Durante a fase de montagem, os estudantes aprendem sobre eficiência, aerodinâmica e percurso, buscando alcançar a maior distância possível com seus foguetes. Por isso, é essencial que tenham uma base sólida nos componentes curriculares de Matemática, Química e Física.
Gladson ressalta que o papel do professor é apenas orientar, não sendo permitido auxiliar na construção dos equipamentos. “Isso torna o desafio ainda mais especial, pois tudo é idealizado e construído pelos próprios estudantes”, destacou.
Esse tipo de vivência reforça o pensamento crítico, a capacidade de resolver problemas e desperta o interesse pela investigação científica. Além disso, desenvolve habilidades manuais e promove o trabalho em equipe, competências fundamentais tanto na vida acadêmica quanto pessoal.