
Quem disse que o plano cartesiano pode ser aprendido somente no papel? E que a matemática não pode ser divertida? No Colégio Batista Mineiro BH – Castelo/Séries Finais, os estudantes do 6º e 7º anos descobriram que é possível aprender Matemática de forma prática e divertida e, dessa vez, utilizaram o tabuleiro de xadrez para aprenderem o plano cartesiano.
Entre jogadas e estratégias, o componente curricular ganhou vida com o Projeto ConectaMat, que une teoria e prática em atividades desafiadoras e significativas. A proposta mostrou que os conceitos matemáticos estão por toda parte, até mesmo nas partidas de xadrez, e que aprender pode ser tão empolgante quanto vencer uma partida.
A coordenadora pedagógica Fernanda Moraes explica que o ConectaMat tem como objetivo aproximar a Matemática do cotidiano dos estudantes, tornando o aprendizado mais dinâmico e prazeroso. “A proposta busca conectar os conteúdos teóricos a experiências práticas, incentivando a resolução de problemas, o raciocínio lógico e o pensamento crítico”, destaca.
Fernanda também conta que o projeto foi inscrito no concurso Projeto Brilhante 2025, do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SinepeMG), que reconhece práticas pedagógicas inovadoras. “O ConectaMat representa bem essa inovação, ao promover uma aprendizagem ativa e significativa, aliando criatividade, interdisciplinaridade e protagonismo estudantil”, afirma.
O professor de Matemática Paulo Cesar Gomes, idealizador da atividade, explica como o xadrez se tornou um aliado do ensino. O tabuleiro, com suas colunas representadas por letras e linhas por números, é uma analogia direta ao sistema de coordenadas cartesianas. “Essa correspondência ajuda o estudante a compreender a localização dos pontos no plano de forma lúdica e intuitiva”, explica.
Durante a aula, os estudantes exploraram conceitos como pares ordenados, simetria, sequência de movimentos e até noções de probabilidade. O professor também trabalhou o pensamento algorítmico, estimulando os estudantes a descreverem jogadas com instruções lógicas, conectando o xadrez a áreas como a computação e a resolução de problemas.
O estudante do 7º ano Arthur de Paula Guimarães reconheceu a importância da experiência. “A matemática tem várias formas de ser usada. Dá para aprender brincando, com jogos e atividades que deixam tudo mais cativante, afirmou.
Já Gustavo Takahashi de Lazari, do 6º ano, disse que “no xadrez, é mais fácil entender os pares ordenados, porque o tabuleiro tem letras e números, igual ao gráfico. As casas onde ficam as peças são como os pontos do plano”.
Com iniciativas como essa, os estudantes percebem que a Matemática vai muito além de cálculos e fórmulas; ela se revela em contextos lúdicos e desafiadores, despertando curiosidade, autonomia e vontade de aprender.